30 de jun. de 2002

Isto - Fernando Pessoa

Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.

Tudo que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre esta cousa ainda.
Essa cousa é que é linda.

Por isso escrevo em meio
Do que não está em pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!

23 de jun. de 2002

Olá.. Faz um tempo que não escrevo, mas não tenho tido muita vontade! =)
Esse é de Fernando Pessoa:"(Não, eu não explico poesias")

FRESTA

Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quando a vida dá ou tem,

Se, um instante, erguende a fronte
De onde em mim sou soterrado,
Vejo o longíquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado,

Revivo, existo, conheço;
E, inda que seja ilusão
o exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço;
Entrego-lhe o coração.

12 de jun. de 2002

Hoje foi u dia tranqüilo. Mas daqui a dois dias irei ao Show do Objetivo, o Objetivo InConcert. Espero que seja legal... Faz um tempo que não vou em shows, e logo esse será do Capital Inicial... Não que eu não goste, mas traz lembranças, assim como hoje Dia dos Namorados... Parabéns aos apaixonados.

8 de jun. de 2002

Duas horas da manhã... Estou tão cansado que nem sei se o hoje foi ontem ou se o hoje é agora... =) Acho melhor ir dormir... Outro dia eu escrevo algo descente....

5 de jun. de 2002

- Só para você, meu ego -

Triste que você é, meu amigo
Não tem ninguém com você
Vive demonstrando felicidade
Mesmo quando a dor é permitida.

Se o sorriso deforma o rosto,
Seu semblante já está desfigurado
Aleijado e tombado, caído
Desfalecido em alguma viela.

Mas, mesmo sabendo da sua dor,
Não posso ajudá-lo.
Minhas mãos não te tocam,
minhas palavras não te acalmam.

Você é mais forte do que eu.
Faz o que quer sem mim!
Só espero por um dia,
Um dia em que você possa parar.

Olhando no meu rosto,
Possa ouvir a verdade,
E chorar em meus ombros...
Nossa, hoje minha mãe comprou um pão de mandioquinha que... Meu Deus! É muito bom. É meio docinho, então se come esse pão formato bolo Pullman sem nada... Uma delícia! Depois a mamma não sabe porque o filhinho dela anda tão...forte.

4 de jun. de 2002

Será que ficou legal? De qualquer maneira, parece que já decidi para que vou usar esse blog... Bom, até a próxima!
Soneto dedicado

" A cidade está tão movimentada
não traz sossego a alma encarcerada.
Como estão os nossos poetas? Quietos.
Aonde foram todas as flores? Mortas.

O mistério, a dor, o medo e o nada
Diante dos seres humanos a incógnita.
Avanços tecnológicos? Silêncio.
De onde viemos, aonde vamos? Perguntas.

Pois fiquem longe, loucos de plantão!
Tenho comigo um anjo a me proteger.
Uma luz intensa, sem artifícios.

Sejamos felizes, dê-me sua mão.
Não se vá embora, não desejo entristecer
Ao deixar-me agora, num frio edifício."